As enchentes no Rio Grande do Sul e o aumento de eventos climáticos extremos: a potencial contribuição da atenção primária para a construção de comunidades resilientes ao clima
DOI:
https://doi.org/10.47626/ths-2025-0004Palavras-chave:
Mudanças climáticas, inundações, sistemas de saúde resilientes ao clima, saúde mental, doenças transmissíveis, eventos extremos, adaptação climáticaResumo
As mudanças climáticas estão aumentando a frequência e a intensidade de eventos extremos, como ondas de calor, enchentes e secas no mundo todo. As recentes enchentes no estado do Rio Grande do Sul, entre abril e maio de 2024, bateram todos os recordes anteriores, com profundas implicações para a saúde e o bem-estar da população. As enchentes podem aumentar o número de mortes, doenças infecciosas e lesões, além de prejudicar a prestação de serviços de saúde e agravar doenças crônicas, inclusive problemas de saúde mental. Neste artigo, delineamos como a Atenção Primária à Saúde (APS) pode reduzir os riscos das enchentes para a saúde humana, por meio de ações de prevenção, preparação, resposta e recuperação. Também discutimos o papel fundamental da APS na preparação e resposta aos impactos das mudanças climáticas na saúde, destacando intervenções essenciais para a proteção da saúde da população. Por fim, enfatizamos a necessidade de reconhecer a força de trabalho da APS como um ator-chave no enfrentamento da emergência climática.